11 de junho de 2012

Ás tintas da minha amiga Zulmira


Um dia vou dar-te... um azul de mar que era cor de anil...
E pintava os sonhos como versos que eu tinha...
Hei-de encontrar o roxo... mais roxo da "nossa Saudade"...
E da nossa Lira...
Do branco da cor da crista da onda... leve como pluma de gaivota...
Do verde-verde dos pastos... que entra no olhar e fica...
Se o meu tempo não chegar... farei que te cheguem...
As cores por pintar... Eu estarei fora de prazo...
Mas não as minhas tintas...
Um dia pintarás com elas a porta... a rua... a casa...
A nudez da vida...
Entre cais... malas e vapores...
Cabelos... laços... fitas em desalinho...
Eu serei... a transportadora das cores a meio do caminho...
As palavras por vezes "desfazem-se"... nas correntes do ar...
Põe-nas "junto à mão", na expectativa do meu coração...



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