21 de agosto de 2010

“Bichos e Animais… e outras coisas que tais…”



O que vos vou deixar hoje, não é história que se conta para fazer passar o tempo, mas é história que monta a tempos que não tem tempo…

Vi chegar certo cachorro, já lá vão uns 15 anos,
Trazido p’las mãos de um menino…
Ruivo de pelo lustroso,
Orelhas de ondular, caracóis a dar a dar,
Cabeça larga, com porte
E no peito, a esvoaçar,
Assim em jeito de juba,
Branca e dourada, bem peluda,
Pelagem esvoaçante,
Num andar bamboleante,
Olhar doce, esperto,
Põe a cabeça de lado,
Escuta com atenção…
Meigo… trôpego, trapalhão!
Dá a pata e rebola,
Da três saltos pela bola,
Salta nas patas da frente,
Com tal graça e picardia,
Que me faz sempre lembrar,
“Cavalos de cortesia”
Toma banho tão quieto,
“cabisbaixo”… obediente,
Mesmo batendo o dente!
Depois: toalha no chão,
E basta somente dizer:
“limpa e esfrega!”
Que o inteligente animal,
Corre o páteo em vendaval,
Tronco envolto na toalha,
Patas de trás a empurrar
Limpo e seco assim sozinho,
Fica o cachorro “a brilhar”!
Não se queixa nem lastima,
Teve uma vida de cão,
E agora “de cão”, boa vida!
Não culpa, não rosna, não cobra…
Em olhos de agradecer
Recebe-me sempre contente
E só feliz por me ver,
Anda á minha volta, rebola
Toca-me com uma das patas,
E faz-me sempre pensar:
Que se mais gente houvera
Com comportamento tal,
Assim belo, incondicional,
Por certo a humanidade,
Seria “bem mais normal” (?!)
Quem me recebe sem perguntas?
Quem me acarinha sem esperas?
A quem ralho e digo:
Pára Alex, tu maças!
E em troca recebo “graças”!

E tudo isto porquê?
Uns pensam, outros dirão…
Quanto a mim: 
                Quanto mais conheço “gente”,
Mais gosto deste meu cão!

A este “velho companheiro”, que adoptou a família inteira!
Mi, Manel e Mizé

19 de agosto de 2010

"Confabulando"...



..."Felicidade" é um fruto que se colhe da "Felicidade" que se semeia...!

...Lança "boatos e injúrias", ao cesto do esquecimento... Uma moradia claramente limpa, reclama a presença do "esgoto"...

‎...Não percas o tesouro das horas... e constrói por dentro do teu próprio ser, o abrigo do entendimento que solicitas, para sentires segurança, e irradiá-la de ti!

Aceita e estima as pessoas, como são, não exijas que elas se "façam" ao teu jeito...!
...Haja o que houver, transmite confiança e "bom-ânimo", porque, alegria, é talvez a única dádiva que és capaz de ofertar sem possuir...
...As nossas palavras podem ser, "pancadas ou afagos", e é o uso dessa força que equilibra, ou desequilibra, o que em nós se obscurece ou ilumina, nos ergue, ou nos abate...!

14 de agosto de 2010

O lugar do coração


Hoje passei por aqui, não para "construir" palavras...
As que eu quero dizer hoje, são as que o coração planta e semeia...
Hoje passei aqui para dizer que amanhã é quinze de Agosto...
Para ti, que acaricias as palavras, recebo-as, uma a uma, e que ás vezes me ficam por dizer, mas que nelas escreves, estou aqui, podia chamar-lhes vida...
Mas chamam-se, amor simplesmente!
Ao meu companheiro, por ver comigo as árvores florir, o vento que as despenteia, o sol que as torna sombra, por tudo, em cada dia novamente, num abrir e fechar de olhos, onde tudo é diferente.
Para ti, silêncios, perfis de lagos, cetins, sedas, afagos.
Longuíssimos são os braços dos abraços, que teus olhos fazem laços.
Da tua doçura, faço um canto que adormece, ou palavra que entontece!
Que a vida nos seja doce!
Nas coisas que "nos abalam", e no par de olhos que esvoaçam por nós, pintando a vida... com cor de romã... (Um beijo parado na tua memória, penteio uma flor, num jeito de quem escreve uma carta de amor ) ( )  :-)
As manhãs abrem mil sentires...
Que os teus gestos vão tecendo...
Coisas de ave, que crescem pelo lado de dentro de nós...
Levanto da alma palavras de aves e amoras, e dou-te o nome de um astro...
De me iluminar por dentro...