24 de março de 2011

Quero dizer-vos...


‎...Haja o que houver, transmite confiança e "bom-ânimo", porque, alegria, é talvez a única dádiva que és capaz de ofertar sem possuir....
E finalmente, aceita e estima as pessoas, como são, não exijas que elas se "façam" ao teu jeito...!
‎...Não percas o tesouro das horas...
E constrói por dentro do teu próprio ser, o abrigo do entendimento que solicitas, para sentires segurança, e irradiá-la de ti !
O tesouro das horas, é aquele que nem damos conta que existe, passa na nossa vida... e desperdiçamos... é quase como:
"Não deixes nada por dizer"...aqui:
...Não percas as horas que são tesouros...
Não deixes nada por fazer (do que é possível ser feito) :-))
‎....Lança "boatos e injúrias", ao cesto do esquecimento...
Uma moradia claramente limpa, reclama a presença do "esgoto"...

"Palavreando"


Uma brisa, vinda dos confins de mim, empurra as palavras... de dentro para fora...
Nomeiam gente...
E a gente progride com passos redondos, que a vida é pequena... e os dias longos....
‎...Ninguém cometeu maior erro, do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco....!
‎...As nossas palavras podem ser, "pancadas ou afagos", e é o uso dessa força que equilibra, ou desequilibra, o que em nós se obscurece ou ilumina, nos ergue, ou nos abate...!

17 de março de 2011

O lado do avesso

...Faço sentir palavras, nascidas em lume brando...
E vou saboreando silêncios que o ar transporta cheio de sal, para me conferir um nome, solenemente...
Ou não... Mas real, como eu!...
Mas não sei que pendurar, nos ramos que tenho por dentro....!
Ou o Oceano que "nos trocaram por pele"...
Fiz-me das marés que me abraçaram, daí ser gota perdida...
Não me sento no lamento....
Faço-me...
E espero sempre como que entre os dedos me cresça, uma flor....
Sopro fresco, que me alise as ervas, e tenha para mim um casulo de colo aconchegado....
E tome nomes de nome, belezas de perto....
Eu sei lá!
Até amanhã!
Pudesse, eu, despir a casca, que o pó da vida transporta no meu dorso...
Ou então ser ave, que não pensa para não confundir as asas....
Qualquer coisa que não sei nomear, anda comigo de mãos dadas...
Solto-me do imenso nada...!
Que tempo este que não me deixa as palavras quietas, nem me acalmam a alma....
Dias assim, oprimem, enquanto abrigam...
Um céu pintado, exibe as cores, de qualquer esfumar de olhos em que me vejo...
Construo palavras em fios de água...
E fico aqui a navegar memórias....
Tenho um coração silencioso, que passa em passadas de quem passa descendo abismos ás avessas...
Fecho os olhos, e transmudo-me em… em pedra grande sentada,
Encostada aos pensamentos da fina película que define a alma....
.‎..Num qualquer cruzamento ou rua....até Outubro!
"Os sonhos sempre podem voar em pedras sentados..."
Levanto do peito a vida toda numa palavra só...
As mãos desenharam marés...
E vou construir um búzio, para descansares todas as manhãs, na frescura de cada maré...
No orvalho onde as árvores se infiltram...
(Os dias sem horas contadas vão começar)...
"Chamam-lhe férias" !! :-)
Existem belezas que só na distância se perpetuam...
Coloridas de arco-íris...
Roubando braços de abraçar...
Mãos de enternecer...
Toques de afagar...
Num entendimento onde o coração se perde e as palavras se não gastam...
É por isso que os meus olhos são por vezes penas de pássaros...
Como quem desce a vida "ás avessas",
E as penas já tanto volitam...
Que receio, já não saberem voar!...

Palavras à solta

Há um bulício de palavras à solta dentro de mim, por onde?

São como gestos que saem dos arquivos fugidios da cama das memórias...

E andam por aí à solta, pintando braços de apertar, extravasados das mãos,

das sobras que de dentro ainda se atrevem...



Embalo o tempo, na palma da minha mão adormecida,

E como um fino traço as coisas se adivinham,

Tal como a certeza das auroras, nas gotas minúsculas que se esgueiram pelo atrevimento dos nossos olhos…

Confabulando

Todo o tempo é meu tempo...

Não há solidão, nem chegada, nem partida...

Podia chamar-lhe atitude, simplesmente...

Mas chamo-lhe amor, ou então vida...



Na incompreensão da dor do silêncio, plantado a correr pelo peito, preso num nada, que é um nada... só...

E o silêncio é de tão grande que já se lhe sente o bafo...

Um silêncio, pelo lado de dentro da ausência... sem perguntas... sem perfumes de flores na ponta dos dedos...

Caminha-se com um abismo nos olhos...

Ao acaso...

Percorram a existência...

Prendam a noite com seus vidros-brilhos...

Aveludem o pensamento, e... Boa noite! Durmam bem! ;-)



Amanhã é um novo dia...

Vou recitar nele a vida e tentar ser "geradora" de coisas que não precisam nome para explicar a luz que volita na roupa da alma...

Qual o lado de nós que amanhece primeiro?

É que o cheiro azul do mar chega até aqui...

‎...Ás vezes o que queremos, não é o que precisamos...

1 de março de 2011

Hoje "deu-me para pensar"...


Hoje "deu-me para pensar", que acredito, em faunos que andam p'los prados e os varrem pelas manhãs...
Acredito nos ventos que fazem o mormaço do ar, e nos dão aquele "estar", que só um ilhéu pressente...
Acredito, no cheiro colorido das azáleas... entontecendo o sentir...
Acredito que só na ilha se conhece a lua que cobre o tecto da terra...
Que o fim do mar, não está no seu fundo... mas na última vela do barco, que vira a ponta da ilha...
Creio que a saudade tem asas de prata e oiro...
E no assombro das coisas...
Na lendas e nas fadas...
Sou "uma crente"!...