29 de outubro de 2012


Com bonecas e afagos...











e esta alma empresta-te o triciclo!














Podes ficar um jeitinho mais animada!?











:-)


"PEÇA ÚNICA"


Sem triciclo...
Nem bonecas...
Ou por lá muitos afagos...
Só um laço, na cabeça...
Feito borboleta de pensar...
Um ilhéu,
E um azul de mar...
Que me fez "edição limitada"
A caminho de acabar...


Vestes


Um dia, triste, nasceu esta manha!
Árvores, nuas balançam os galhos ao vento...
São como suplicas... desgarradas...
Presas só, pela forca da raiz, que as mantém firmes... De pé...
De pé, dizem, que morrem as árvores...
Morremos de pé, todos os dias um pouco...
Não fora, a tal raiz que muitos (?)...
Ou poucos (?)... Ainda possuem...
E assim, balançando,
Como os galhos nus de velhas árvores, nuas,
Caminhamos mais um dia...
Esperando sempre que a nudez, se vista, não de adereços...
Mas da força que vem da seiva que nos circula,
E nos faça verdes cor de esperança...
Nos faça brancos, cor de luz...
Nos torne azuis como um céu de Verão...
Nos avermelhe como os poentes
E nos entrelace com laços de espuma...
Assim... estaremos vestidos...
Com um xaile de ternura!
São coisas que por mim passam...
Como estes ventos do Norte...













"olhares.sapo.pt/arvore-despida-foto4981431"

22 de outubro de 2012

To Mizé... By Eildgia




13 de outubro de 2012

Madrugadas...


Gaivotas enluaradas de espanto...
Noites de branco...
Noites de escuro...
Vestem-se os meses... Veste-se a vida...
E o rosto muda como estacões, achadas, perdidas...
Nas rugas que se espalham por todos os cantos do sentir,
Ainda há um sorriso, escondido,
Que espreita,
Ainda há uma criança soletrando o verbo esperar...
Eu espero... Eu espero...
Encontrarei... ou não irei encontrar,
E resta esta palavra agri-doce no canto da boca, que se chama:
Lutar!
E a menina que sonha, desata o aperto do laço...
E corre como o vento por nuvens... e quando uma lágrima deslizar,
Ainda..., uma vez mais,
Voltará a renovar o verbo sonhar...
Pobre menina... que não sabe cansar-se de tanto desejar!
Há! menina se eu pudesse, dava-te um colo de embalar...
E um coração encharcado de luz, para te consolar...!
Mas não tenho, menina...
Só duas mãos, feitas de água, sem ponta por onde pegar!

London/2012



11 de outubro de 2012

Dias...!


Os dias são lentos, como o remoer das marés, encostadas à casa do tempo...
Os dias são pedaços de nós, perdidos ou achados por aí...
Os dias são soluços, engolidos... sorrisos encontrados de esperanças...
Os dias levantam-se e adormecem, por dentro de nós...
Não importando se faz frio... ou se está sol...
Os dias, são páginas dum livro que nunca escrevemos... por serem tão dias... tão horas... por serem a procura inconsciente (ou não...), do que em nós se passeia, nos constrói, ou nos destrói!
Vou apontando os dias no meu relógio de sol, que habita por dentro de todas as minhas lutas!
Um dia talvez...
Um dia, os dias tenham direito a páginas que se possam saborear, como um gomo de laranja... uma gota que no rosto desliza...
Mas que valeu a pena ser vivida!

(Mizé - London)



4 de outubro de 2012

Francisco...


Hoje é dia de S. Francisco!

Deixo aqui uma lágrima perdida... uma saudade demorada, Um coração agradecido...
Por quem não nasceu neste dia, mas era assim que se chamava: Francisco!
Francisco foi o meu pai... o meu melhor amigo...
"Dentro daqueles “alvarozes”, com desperdícios, a sair dos bolsos... caixa da ferramenta... Ar alegre jovial... um coração do tamanho dele...
"Na lágrima que se vertia quando ouvia uma Orquestra...
E se lembrava do seu saxofone Barítono, era assim, meu pai...
Um Ilheu-Terceirense, "ferrenho" até ao "tutano"!

Obrigada, por me deixares de herança, a pessoa que sou...

Contigo aprendi a ser "esta", mulher cheia de coragem para enfrentar a vida... sem perder a alegria, nem o sentido de humor...
Não sei onde estás...

Mas sou feliz por te ter tido como pai!

(A tua Mize, por "Terras do Canada"!)

1 de outubro de 2012

Braços e abraços


Os laços que a vida tem...
Os laços que prendem a vida...
A vida que prende os laços...
Que são braços e abraços...
Que são nós... atados, desatados...
E são fitas, ora brancas... ora pretas... coloridas...
São os laços que te prendem, e são as raízes da vida...
Tenho laços e abraços,
Soltos ai, pelo espaço...
Que volitam... que volitam...

Mas os laços que são abraços e braços...
São saudades... idas... vindas... chegadas e despedidas...
E me mostram... a cada nó destes laços...
Quem pela estrada partilha a minha dor... ou ferida...
E num sorriso... ou palavra... me renova e me dá vida!
São só laços ou abraços... saudade... ou despedida...
Mas somos nós a rodar a constante roda da vida!