5 de setembro de 2011

O silêncio, não é sempre um engano...

... E há tristezas, que se soltam de lugares secretos... e nos navegam os gestos... e embriagam os olhos...
E é um grão de areia... em poeira de luz clara...
Onda de mar... tocando a face de sal... e o corpo da alma tem um sabor exausto... como um infinito parto...
Afago a vida, para comandar o sentido das coisas...
Enroscando-me, na minha concha de "lapa burra", para brilhar de madre-pérola...
É preciso dar ocupação à "ave que magoada por vezes voa em nós"... num minuto de cinza...
E peço ao vento que leve tudo... ao vento que vem da Nave... cortado, frio e rápido...
E tenho mil sonhos na minha mente "descrente-crente", nesta aventura de ser:Eu!
E esta emaranhada teia, escrava nas minhas mãos, plantando palavras que redescubro, nesta dimensão...
Todo o nada me toca... e é tudo... dona de tudo... sem nada ter...
Simplesmente porque num minuto talharam em mim este "sabor de sempre"...
E entro pelas frechas de mim, por onde escorrem as minhas lutas "enlutadas"...
E ás vezes, sou "menos eu", em viagens, mil vezes adiadas...
Desta que em mim faço nascer... "empoemamdo-me" a esta entrega, a que livre me "condeno"!
E continuo de coração descalço, sobre a vida!
As palavras "estão por um fio"...
Fico por aqui!