As mãos esquecidas, no sossego brando da vida, numa paz sem tormento, que põe nos olhos o fulgor que os nomes e os livros não dizem.
Ando a ver se não perco a emoção que retempera, o consolo que devolve a luz à voz.
O cansaço que avassala o espírito não tolhe a inspiração, mas interrompe o sonho…
Ergo as palavras no silêncio das mãos.
E fecho-me nelas pelo lado de dentro,
Com as chaves de um entendimento brando,
As palavras tem assim luz própria, como uma estrela,
Ou uma comunhão de pétalas…