29 de outubro de 2012

Vestes


Um dia, triste, nasceu esta manha!
Árvores, nuas balançam os galhos ao vento...
São como suplicas... desgarradas...
Presas só, pela forca da raiz, que as mantém firmes... De pé...
De pé, dizem, que morrem as árvores...
Morremos de pé, todos os dias um pouco...
Não fora, a tal raiz que muitos (?)...
Ou poucos (?)... Ainda possuem...
E assim, balançando,
Como os galhos nus de velhas árvores, nuas,
Caminhamos mais um dia...
Esperando sempre que a nudez, se vista, não de adereços...
Mas da força que vem da seiva que nos circula,
E nos faça verdes cor de esperança...
Nos faça brancos, cor de luz...
Nos torne azuis como um céu de Verão...
Nos avermelhe como os poentes
E nos entrelace com laços de espuma...
Assim... estaremos vestidos...
Com um xaile de ternura!
São coisas que por mim passam...
Como estes ventos do Norte...













"olhares.sapo.pt/arvore-despida-foto4981431"

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