13 de outubro de 2012

Madrugadas...


Gaivotas enluaradas de espanto...
Noites de branco...
Noites de escuro...
Vestem-se os meses... Veste-se a vida...
E o rosto muda como estacões, achadas, perdidas...
Nas rugas que se espalham por todos os cantos do sentir,
Ainda há um sorriso, escondido,
Que espreita,
Ainda há uma criança soletrando o verbo esperar...
Eu espero... Eu espero...
Encontrarei... ou não irei encontrar,
E resta esta palavra agri-doce no canto da boca, que se chama:
Lutar!
E a menina que sonha, desata o aperto do laço...
E corre como o vento por nuvens... e quando uma lágrima deslizar,
Ainda..., uma vez mais,
Voltará a renovar o verbo sonhar...
Pobre menina... que não sabe cansar-se de tanto desejar!
Há! menina se eu pudesse, dava-te um colo de embalar...
E um coração encharcado de luz, para te consolar...!
Mas não tenho, menina...
Só duas mãos, feitas de água, sem ponta por onde pegar!

London/2012



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