10 de julho de 2012

Como dizer...


Como dizer ás palavras,
Que alimentam a minha fome, e me projetam
Para a linguagem das coisas e dos bichos,
Nos imperfeitos dias e noites,
E me tocam por dentro,
A oeste do meu corpo,
Como dizer aos meus gestos,
Que sejam breves e claros,
Como aves,
Que assumam o dom de ser asa,
Como dizer, aos meus olhos,
Do que não me pertence,
Mas que guardo o ouro, que o coração sempre teve,
Desabotoo a vida,
Como da urgência de um barco,
E por mim deslizam inquietas,
Vestidas de vestidos frágeis,
A certeza da magia das palavras…
Ornando os meus silêncios,
Nas letras esquivas do meu nome!
Que palavras?
Juntei-as nesta tarde ao meu silêncio!
E toco de leve o rumor dos seus segredos!
Sou capaz de jurar que uma delas se transformou,
Em onda de espuma, sobre a minha pele!



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