11 de julho de 2012

O nascimento da palavra


Até pode ser… até pode ser,
Que não queiram palavras…
Até pode ser… até pode ser,
Que não gostem de gestos,
Até pode ser… até pode ser,
Que não se recordem…
Até pode ser… até pode ser,
Que o que o sinto, não me foi ensinado,
Mas pela construção de mim, só herdado,
Até pode ser… até pode ser,
E de um dia pró outro,
A palavra era vermelha…
E a ternura, azul…
O silêncio, branco…
E as sementes, por despontar…
Roxas de espanto….
E no devagar das minhas mãos,
Foram crescendo,
Como bagos de uva,
Como o toque leve da sombra nas águas,
O destino escrito,
No som musical, das sílabas… lavadas,
Quando foi que as palavras,
Nasceram em meus dias?
E no território, dos meus passos,
Foram ficando,
Marcando compassos…
E não vale a pena tentar descobrir!!!
Porque a memória,
Se encarregou de o encobrir!!!



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