2 de junho de 2010

Quando os cântaros do céu se entornam e as aves tentam roçar a lua

 
Habito do lado dos que misturam
As nervuras com cetins, e assim as fazem rimar
Numa magia profunda… densa,
Que aglutino e condenso em mim…
Janelas por dentro se abrem,
Brilham e nascem as letras…
Dançam… Pensam…
Tornam-se o reino das coisas,
Onde tudo vem por dentro
Dum lugar varrido… limpo.
E emerge, cresce subindo
No caule do fio do pensamento,
Esta minha moradia,
Na pura e simples nudez
Com que se veste o coração
É assim, encostada á vida.
A minha morada de hora imprecisa
Perde-se em sonhos, inventados da mente
Trazendo-me á boca raras palavras
De que raro falo,
Porque ser-se assim é por dentro!

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