31 de maio de 2010

Raizes de mim!

Se a saudade fosse coisa...
e não fosse coisa bela,
sem ser coisa percebida, seria assim, de tão bela?
Na memória, molha-me a história,
ficando eu maresia,
longos braços... dedos d'água...
toque de verde... pasto... trigo...
mar chão, lua clara,
desfeita espuma na areia,
ao lado de mim poisada,
esta ilha... a vida inteira!
Apoderou-se de mim,
em água de sal marcada,
por detrás do meu olhar, tocada de leve... intocável,
minh'alma de marear...
Terra... ilha, meu torrão...
meu berço, casa, guarida...
minha marca a ferro, fogo gravada,
ontem, hoje... muitos dias,
Toda a vida!


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