8 de fevereiro de 2010

Lembranças

       Pequena, pela mão de minha mãe, descia a rua do galo... íamos ás compras... irrequieta (tinha bichos carpinteiros), mas atenta, observadora; não sei quantos anos teria, mas recordo que uma das passagens, certas, era na loja de panos, perfumes avulso e outros artigos de requinte do Sr. Vidal!
       Ainda hoje sorrio ao lembrar-me que alguém, ao ser atendido, num dia em que também eu lá estava, pede a coisa mais extraordinária que na altura eu poderia ouvir...
       Ó senhô Vidral, ê cria um lencinhe, verdoso, amareloso... cumas risquinhas de riba a baixo e umas musquinhas a crê poisar! (Coitado do senhor Vidal, viu-se grego para encontrar tal lenço).
       Escangalhei-me a rir..., não fosse eu a “piquena do Chico d’Alfredo”, o que não evitou umas negras no braço, das beliscadelas da mãe.

Sem comentários:

Enviar um comentário