28 de setembro de 2012

Tomara que os dias me dêem tempo...


Dias, que são só dias, dias que contém dias...
Dias que são só horas... ou minutos contados como séculos...
Que são dias? Que são horas?
Horas contadas com minutos que são tempos infindos...
Tempos infindos, contados como horas....
Horas intermináveis... como desertos de areia ou espuma…
Que se desfazem... e fazem...
Que construo como aranha paciente...
À qual desfazem a teia...
Mas não o seu propósito...
Dias... são casas onde habitam e moram...
Os sonhos desencontrados,
As lágrimas... desembrulhadas,
A força de uma onda,
A asa leve de um pássaro,
E eu sou só da família das borboletas...
Tomara que os dias me dêem tempo...
Tomara que os dias cresçam...
Tomara!
Que a minha alma é tamanha!
Como as vinhas da minha ilha,
Esperando, escondidas,
O choro do Garajau
E os dias vão-se tornando a minha pele,
Sedenta....
Que aguenta... aguenta... aguenta...

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